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Flexibilizar para conciliar

Flexibilizar para conciliar

Conquistar terreno no mercado e na família

20.03.12, flexbilizar ~ conciliar

 


 

 

Maria João Pisco Almeida decidiu criar a sua própria conciliação e conquistar o que considera não ter preço : tempo com os filhos.
Criou a Purelogicol em Portugal quando estava grávida do segundo e fez crescer a empresa ao ritmo da sua maternidade.
Conta com a ajuda de Lia Ferreira para ajudar as mulheres portuguesas a serem ainda mais belas, enquanto vai equilibrando a sua vida familiar com um forte espírito empreendedor.

 

O que fazia antes de criar a Purelogicol ? 

Ocupei vários cargos como farmacêutica, desde o projeto inicial de promoção dos medicamentos genéricos, à organização e desenvolvimento das parafarmácias e uma experiência no estrangeiro (Londres) como gestora de produto.

 

Quais as principais motivações? Quis conciliar trabalho e família ?

Sim, principalmente. Na altura tinha uma filha (agora com 7 anos) e pouco tempo para ela. Com a entrada no colégio, vieram também algumas viroses que me obrigavam a abrandar o ritmo de trabalho. Ainda assim, conseguia um intervalo à tarde para a ir buscar e a deixar em casa com a empregada, para voltar ao trabalho até às 19h/20h.

Mas depois tive um novo desafio que se transformou numa experiência desmotivadora, ao mesmo tempo que me levou a contratar o autocarro do colégio para levar a menina a casa e a garantir que a empregada estaria sempre à espera dela.

Comecei a reconsiderar as minhas prioridades. Infelizmente em Portugal não há possibilidade (ou é muito remota) de trabalhar em part-time. Por isso, contactei várias marcas no mercado internacional e descobri que a PureLogicol Internacional estava à procura de um representante em Portugal. Foi empatia à primeira vista.

Entretanto, no mês em que criei a empresa, fiquei grávida do segundo filho e fui fazendo crescer a empresa ao mesmo tempo que a barriga crescia.

 

Quais as principais dificuldades que encontrou neste processo?

Naturalmente que é difícil para uma empresa com duas pessoas, com uma marca desconhecida, ganhar terreno e conseguir clientes, mas felizmente foi um percurso que foi sendo naturalmente percorrido.

 

Sente que ganhou a aposta da conciliação entre o trabalho e a família?

Sim. Assumi que iria ter um vencimento mensal inferior ao que teria caso trabalhasse numa empresa. Mas colocando gastos e ganhos na balança, a diferença não é muito grande e o resultado é muito mais positivo a nível emocional. Não tenho despesas de carrinha do colégio para dois, empregada diariamente, prolongamentos esporádicos no colégio… Consigo ir buscar os dois todos os dias às 17h, levá-los duas vezes por semana à natação, dar banhos e jantares e usufruir de tempo com eles. Essa possibilidade não tem preço.

 

Em Portugal é difícil conciliar trabalho e família ? 

É difícil porque não existe culturalmente este hábito. Passámos de um extremo, em que as mães ficavam em casa e os pais trabalhavam, a outro, em que o canudo é o expoente máximo da realização pessoal e trabalham mães e pais com a esperança de que a sua realização profissional não seja frustrada com aquilo que idealizaram. Faltam infraestruturas em Portugal para facilitar esta conciliação. Falta entreajuda entre as pessoas. Viver um pouco mais em comunidade. Mais amor.

 

Considera que existem muitas mães a reivindicarem esta conciliação ? E pais?

De todo. Existe uma lamentação generalizada de que não é possível conciliar trabalho e família.

 

 


www.purelogicol.pt
contacto +351 21 0993566 

 

 

"Uma entrevista por mês” é a nova rubrica do blog Flexibilizar para Conciliar. 
Queremos dar voz a pais e mães que conseguiram encontrar o equilíbrio entre o trabalho e a família, ou que estão a esforçar-se para lá chegar. Encontrar novas soluções ou bases para discussão que permitam atingir os objetivos do movimento é o objetivo da iniciativa. 
Se vive uma experiência inspiradora neste sentido e quer partilhá-la, contacte-nos na nossa página no facebook ou deixe aqui um comentário.


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